COMPETENCIAS X MERCADO DE TRABALHO: (COACHING II)

No Brasil, as primeiras discussões sobre competências individuais ocorreram no meio
acadêmico, tendo como referência a literatura americana. Tratou-se do tema sob o enfoque do imput do indivíduo (FLEURY, 2002, org).
Com a entrada de autores europeus, em especial os franceses, os debates foram
robustecidos e perspectivas diferentes surgiram. A idéia de agregação de valor passa a
influenciar os estudiosos nacionais.Fleury (2002, org., p. 55), alinhada com as lições de Zarifian e de Le Boterf, traz a seguinte definição de competência: “um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. O saber agir responsável, mencionado por Fleury, compreende ainda o saber aprender,o saber se engajar, o ter visão estratégica e o assumir responsabilidades.
Uma outra noção, friza a autora, mostra-se importante para compreensão mais ampla
de seu conceito de competência.
Trata-se da idéia de entrega, desenvolvida por Dutra.
Conforme o conceito tradicional de competência, oriundo de McClelland, uma pessoa
seria considerada competente se apresentasse o conjunto de conhecimentos, habilidades e
atitudes necessários ao desempenho de um cargo ou tarefa. Dutra (2004), no entanto,
considera essa perspectiva pouco instrumental. Ressalta que a simples detenção dessas
capacidades não garante que o indivíduo agregará valor à organização, produzindo entregas
por ela desejadas. Essa noção dá às expressões “saber agir responsável” e “agregar valor econômico à organização”, elaboradas por Fleury, o entendimento exato pretendido pela autora.
O mercado de trabalho vem passando por mudanças significativas, como a própria evolução social, parafraseando Marchiori (2008), “mudam as formas de produção, muda o comportamento da estrutura social. O trabalho agora é visto como parte central dessa estrutura”. Nesse contexto, vê-se a mudança e a evolução da sociedade, que de agrícola passou para industrial, pós-industrial, e se encontra na era da informação e do conhecimento. Avanços com certeza; sociedade em rede, novas tecnologias, um mundo cada vez mais dinâmico, flexível e inovador. O mercado de trabalho, englobando oferta de vagas de trabalho, principalmente quando tratamos de mercado local, pouco valorizam o perfil do profissional, pela sua capacidade intelectual, ou seja, os processos seletivos e entrevistas de emprego para mensurar os conhecimentos técnicos, intelecto, cultural, e currículo, em cursos de aperfeiçoamento profissional ou pós acadêmica; são substituídos em detrimento da experiência profissional, ocorrendo uma demanda por tais profissionais.
A falta de criatividade que esteve presente durante a última década na maioria das estratégias traçadas pelas multinacionais para os mercados emergentes não alterou a magnitude dessa oportunidade, que é realmente muito maior do que se imaginou, cita Prahalad (2005). O autor coloca ainda que a verdadeira promessa do mercado não está na minoria rica do mundo desenvolvido ou nos consumidores emergentes da classe média: está nos bilhões de pessoas que estão participando da economia de mercado pela primeira vez.
Além disso, o investimento das multinacionais na base da pirâmide significa retirar bilhões de pessoas da pobreza e do desespero, prevenindo o declínio das condições sociais, o caos político, o terrorismo e a deterioração ambiental que certamente permanecerá se a lacuna entre países ricos e pobres continuar aumentando.

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FONTE:3 LEIA MAIS: 7 AUTORES QUE FUNDAMENTAM A PRAXIS NAS EMPRESAS

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