O porque da praxis interativa.

No dizer de Jean-Louis Weissberg;sintetizou a idéia de que, na comunicação, a visão é modificada, e que as tecnologias visuais assistem, objetivam e intensificam os componentes abstratos das percepções humanas. Ver, para Weissberg, não é somente um ato de recepção passivo, mas também uma projeção. A simulação computadorizada e a imagem interativa refletem, conceitualmente, os processos de percepção.
O artista da comunicação e sua obra interativa só existem pela participação efetiva do público, o que torna a noção de "autor", conseqüentemente, mais problemática. O estado de coisas nos conduz à absoluta necessidade de "redefinir", também, o conceito de artista.
Assim, é possível falar de um lugar de encontros fundado sobre as comunicações, graças ao qual os processos interativos se tornam uma realidade em escala planetária.
As intervenções em muitos eventos artísticos evidenciam que a noção de interatividade serve às funções pedagógicas, culturais e criadoras.
Pesquisas em sintonia com uma mentalidade própria da era digital apontam novos desenvolvimentos em arte, verificando que os dispositivos tecnológicos são mais do que prolongamentos sensoriais.
São próteses cerebrais que nos levam a processos cognitivos e mentais diversos, permitindo propagações da auto-imagem e da identidade a partir de situações vividas com máquinas.
Apresentando a interatividade como um conceito produtivo nas relações com a simulação da presença humana, compreendem as dimensões da linguagem verbal e da corporal. J. L. Weissberg (1998) defende, em segundo lugar,o caráter educativo da interatividade,que consiste em favorecer o "tornar-se autor", pois redistribui as noções de mensagem e recepção, que transformam as funções das posturas leitoras trocando-as por novas dimensões editoriais, renovando assim as separações fundadas sobre cultura do livro.
Em terceiro lugar, o relato interativo - com a presença do leitor-ator (spect-acteur), lei(a)tor, que, junto com o programa na relação autor-leitor, tornar-se-á uma ficção que rompe com o relato realista.